Amazona Indígena - Defensora da Liberdade
Amazona Indígena
De: Jonathan da Silva
Teles
Prologo
Personagens femininas sempre
tive, heroínas também, por exemplo a Vitória Régia, a Rosa Mística (antiga
Guardiã Divina), Patinadora Rosa Choque, Arqueira Gótica (futura Patinadora
Gótica)e a Skatista Noturna, mas a Amazona Indígena tem seu diferencial, ela não
depende de outro personagem masculino, ela tem seus próprios poderes, e mais do
que tudo, ela representa a cultura nacional mais antiga, é uma índia que foi
catequisada e alfabetizada pelo seu Pai português, porém, não quis se afastar
do seu povo mesmo assumindo outra religião e sendo mestiça, por nascer numa
época de preconceito racial e étnico muito forte, ela vive escondida na mata,
protegendo sua tribo e os viajantes que ali passam, mas depois de ver o
potencial dessa personagem percebi que ela podia mais, então deixem a Vitória
Régia e a Rosa Mística só como ajudantes dos heróis que elas acompanham e
resolvi investir nela, vendo que na DC tem a Mulher Maravilha e que faz parte
da Trindade junto com o Super Man e o Batman, coloquei-a juntos com os Imbatíveis,
Pássaro Voador e Cavaleiro Celeste.
Introdução
Na Floresta Amazônica surgi a
primeira heroína nacional, a Amazona Indígena, reza a lenda que ela se
transforma em bicho e defende quem passa pelas matas desapercebido, ou se você
tocar em algum índio de forma agressiva ela aparece do nada e lhe dá uma boa
surra, já disseram que ela salvou uma tripulação de um navio, já salvou
soldados do império e muito mais, só que isso foi a séculos, será que essa
mulher nunca morre?
Defensora da
Liberdade
Rio Negro, 1689, uma expedição vai
para o coração da floresta amazônica, dentro da embarcação haviam religiosos e
exploradores, afim de encontrar novas terras e catequisar os que ali residiam:
- Depois que terminamos está
viajem regressarei a Portugal, não pretendo ser missionário ainda, essa vida é
muito dura, quero conhecer uma rapariga e ter uma família – afirmou Ezequiel
- Não se preocupe jovem rapaz, te
dispensarei daqui a 2 meses – diz o Padre
Eles chegaram ao nascer do sol na
Floresta e foram recebidos pelos índios, e logo algo encantou os olhos de
Ezequiel, uma índia não saia do seu olhar, e conforme o tempo passava ele se
apaixonava cada vez mais por ela, até que tiveram uma filha e chamaram-na de
Anahí, só que surgiu uma emergência, e Ezequiel teve que voltar para a sua terra
natal:
- Volto daqui a 6 meses! – disse
beijando sua esposa
- Volte logo Papai – disse a
pequena Anahí
Mas algo inesperado aconteceu, a
embarcação enfrentou uma enorme tempestade quando chegou no meio do oceano, até
que o navio afundou, e Ezequiel nunca mais foi visto, dizem que viram algo no
céu que o puxou, mas ninguém conseguiu comprovar, o corpo não foi encontrado,
só acharam a roupa e uma carta inacabada que iria escrever pra família, quando
soube, a pequena Anahí chorou como se tivesse nascido naquele dia, ficou doente
por meses, mas ela achou algo nos pertences do seu Pai, o crucifixo que ele
sempre usava, no mesmo instante aquilo lhe deu uma força inacreditável, a
doença sumiu do seu corpo, e uma imensa vontade de viver, logo ela contou para
o Padre:
- Minha filha, seu Pai usava
sempre esse crucifixo, ele foi feito da madeira da crucificação, por isso você
se sente tão forte, tome cuidado, muitos vão querer te perseguir por conta do dom
que você recebeu de seu pai, mas você irá superar todos eles! – afirmou o Padre
Mas algo trágico aconteceu,
alguns índios não se conformaram com o que estava acontecendo na tribo, e
resolveram expulsar todos os catequistas e matar o Padre, a mãe de Anahí não
mais se vestia como índia e foi confundida com os europeus, só que a pequena
Anahí vendo aquilo se enfureceu, e com um forte grito se transformou em uma tigresa, saiu
arranhando com suas garras todos os revoltosos, o Padre em seu leito de morte
lhe pediu:
- Não mate eles, nunca mate
ninguém, apenas se defenda – e faleceu
Ouvindo o sacerdote, Anahí se transformou
em um imenso chimpanzé, agarrou os índios e os jogou no rio, os missionários
pegaram o navio e foram embora, mas sua mãe não resistiu e faleceu, daquele
momento em diante, a pequena Anahí era órfã, o Cacique vendo aquilo a acolheu:
- Pequena Anahí, sei que seguirá
o que o homem branco te ensinou, mas será acolhida em nossa tribo do mesmo
jeito!
200 anos se passam, os
missionários que fugiram da floresta espalharam a notícia pelo mundo inteiro de
que existia uma índia que se transformava em animal, e muitos foram para a floresta
afim de tentar conhecer a Amazona Indígena, só que em 1889, a escravidão já
havia acabado, e a exploração da borracha era forte na região, forçando muito
índios a mudarem de lugar ou se misturarem na cidade grande, mas algo não tinha
mudado, alguns seringalistas continuavam a manter escravos juntos com os
nordestinos que vinham trabalhar na floresta, por isso o Capitão Reginaldo para
investigar a situação:
- Dizem que é nessa Cabana que
eles guardam os escravos, vamos invadir e libertar os coitados! – disse o
Capitão a sua tropa
Mas Adalberto Teixeira, o
seringalista tinha muitos capangas e lobos, e
atacou a tropa do Capitão:
- No meu seringal mando eu! Manda
o Imperador procurar o que fazer!
Os soldados todos fugiram com
medo e o Capitão foi capturado:
- O Imperador mandará mais
soldados, e sua ilegalidade será contida!
- Ele pode mandar até o Papa, vou
meter a porrada em todo mundo!
Mas um som de assobio espanta a
todos e um barulho de alguém se escondendo na mata deixa todos em pânico, os capangas
apontam as armas pro nada e os lobos correm assustados, até que um índia vem
segurando no cipó e com sua lança derruba todos os meliantes escravagistas, o
que obriga a Adalberto fugir com seu cavalo, ela destranca o casebre e os escravos
são todos libertos:
- Obrigado – ele lembra da lenda
e percebe – não vai me dizer que você é a Amazona Indígena?
- Sim sou, e quem é o nobre
Cavalheiro?
- Sou o Capitão Reginaldo – e a
alerta – eu venho investigando esse homem a meses, ele se vingará da sua tribo,
deixe-me ajuda-la!
- Como você poderá me ajudar?
- Meu Pai era um ferreiro, posso
fazer uma armadura pra você
- Está bem, vamos pra minha oca!
Chegando lá, ela fica nua na frente
dele, ele tampa os olhos:
- Vocês homens brancos são
esquisitos, andam cheios de roupa e ficam sensíveis só de ver uma mulher sem
roupa!
- É que sou noivo, e só de te ver
assim minha imaginação aflora – pois a índia tinha um corpo escultural, belos
seios e apesar dos 200 anos aparentava ter 20 – já está vestida?
- Sim, com roupas que vocês
costumam usar se o problema é esse!
O Capitão Reginaldo monta uma
fogueira e constrói uma armadura para a heroína, uma lança de prata, um peitoral,
um capacete adaptado a seu longo cabelo braceletes, ombreiras, joelheiras e uma
bota customizada com os animais da floresta:
- No início vai incomodar, mais
depois você se acostuma! – afirma o Capitão
- Só falta uma coisa – ela pintou
o rosto e os antebraços – agora sim represento o meu povo!
Eles vão conversando no caminho
até a tribo, mas chegando lá encontram todos mortos:
- Desgraçados!
- Com certeza foi o Seringalista,
é hora de contra-atacarmos!
- Ele irá sentir a minha ira!
Eles vão até o esconderijo de
Adalberto, chegando lá eles veem vários índios capturados junto com os escravos
que fugiram sendo chicoteados, a Amazona pega seu arco e flecha, atira nos
capangas um a um sobrando apenas o Adalberto que estava cochilando:
- É seu fim seu assassino!
Ele a empurra e ameaça:
- Pensa que sou um homem qualquer?
– ele começa a se transforma, ficar com olhos de fogo e gigante – eu sou o
Boitatá!
- O que é isso? – pergunta o Capitão
- Ele fez pacto com o diabo e se
transformou nesse monstro! – afirma a índia – o único jeito de detê-lo é arrancando
sua cabeça
- Se ele não é mais humano não
tem problema
- Vou me transformar, quando ele
tiver imobilizado jogue minha lança na cabeça dele! – ela se transforma em
gorila e dá uma surra no Boitatá, jogando-o contra o fogo, ela olha para o
Capitão para que ele o mate
- Toma seu demônio! – e o Boitatá
é destruído, os índios são soltos juntos com os escravos negros, a Amazona se
transforma em mulher de novo!
- Obrigado Cavalheiro!
- Só cumpri o meu dever – e pergunta
a ela – para onde você vai agora?
- Eu não sei, sobraram pouco da
minha tribo!
- Venha comigo para Manaus! Se
quiser deixo a minha noiva e fico com você!
- Não sei, resolva o seu problema
com sua noiva e depois volte! Não quero atrapalhar a sua vida! Só quero te
pedir uma coisa, não conte minha verdadeira identidade a ninguém!
- Pode confiar em mim! – e se beijam
Epílogo –
Anahí e Reginaldo viveram uma
vida normal em Manaus, mas devido a longa juventude dela, ele morreu cedo e ela
continuou a viver, herdou tudo o que ele tinha, se tornou médica e abriu uma
fundação chamada Capitão Reginaldo, que ajuda os índios da região, mas se durante
o dia ela é a Doutora Anahí, a noite a Amazona Indígena continua a defender os
mais fracos de outra forma.
Certo dia, enquanto terminava o
seu turno na fundação, algum paciente especial apareceu:
- Preciso de sua ajuda Doutora
Anahí – pede Maurício Vargas
- Desculpe senhor, terá que vir
amanhã
- Mais não é a agora que começa o
turno da Amazona Indígena? – pergunta ele.
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