Novas Origens: Guardiã Indígena

 

Novas Origens:

Guardiã Indígena

De: Jonathan da Silva Teles




Introdução –

Anahí Souza é uma ambientalista e historiadora que trabalha para uma organização governamental chamada GAMA-Grupo de Ajuda ao Meio Ambiente, que tem como missão proteger a fauna e flora do Brasil, desde criança ela tem o dom de se comunicar com os animais e resolveu usar isso para o bem, mas sua história não foi fácil, seus pais, um missionário católico e uma índia foram mortos por um grupo neonazista chamado Alcateia que há décadas vem fazendo chacina na região amazônica, afim de “limpar” a região, pois segundos eles, os índios são inferiores e ultrapassados, depois de ser sabotada e ter seu veículo destruído no meio da floresta, ela vai sozinha enfrentar esses racistas com a ajuda do Cabo Reginaldo, utilizando não só armas reais mas seu dom de manipular os animais.

Parte I –

Destinada para a Batalha

Manaus, 19 anos atrás.

Depois de assistirem uma missa na Paróquia São Jorge, os pais da pequena Anahí, vão visitar os avós maternos da garota na reserva indígena Sol Nascente:

- Ela estava doida pra caçar com o senhor – explica a Mãe.

- Vocês estão desviando-a do caminho dela, elas não estão seguindo as nossas tradições – se revolta o Cacique – enquanto ela não fizer o ritual ela não será bem vinda à tribo!

- Ela é cristã, nós a educaremos assim!

- Por favor, parem de brigar, quando ela crescer ela irá decidir! – diz a avó.

- Nós somos os pais, nós decidiremos enquanto ela for menor – decide a Mãe.

Mas enquanto discutiam vários homens armados, com tatuagens da suástica nazista no braço se aproxima, um deles dá um tiro na cabeça do avô da Anahí, e todos assustados começam a correr, alguns tentam se defender com arco e flecha mas fracassam:

- Leve ela para a oca – diz o Pai com o revolver na mão

A Tribo toda é dizimada, só restando o missionário e sua família:

- Você acha que seus atos irão tornar esses energúmenos civilizados? Seu esforço é perca de tempo, esse seu Deus é uma farsa – e o criminoso dar-lhe um soco nele – chame por seu Deus agora!

- Por favor, me mate, mas deixe a minha família em paz!

- Eu odeio essa gente, mas pior do que eles são os mestiços, eles eu odeio mais ainda! – e mata o missionário – achem aquela primata e a pirralha.

Desesperada ela pede a sua Mãe:

- Leve a Anahí daqui, ela não merece passar por isso – a avó da criança a coloca em um cavalo, mas se desequilibra e cai, um jovem casal a resgata e levam as duas para o hospital, porém a senhora não sobrevive.

Ninguém sobreviveu a aquele ataque, inclusive a mãe de Anahí.

19 anos depois, 1° Batalhão de Infantaria da Selva, Manaus, a jovem Anahí trabalha para a GAMA, Grupo de Ajuda ao Meio Ambiente, uma organização governamental com o propósito de proteger a floresta, os animais e os índios da região Amazônica, e o seu Gestor, o Capitão Hermes lhe dá uma missão:

- Estão ocorrendo muita caça ilegal naquela área, e ouvi notícia de índios que foram mortos, preciso que ajude o Cabo Reginaldo a fazer o reconhecimento da região.

- Eu tinha lhe avisado, a Alcateia voltou a caçar nossa gente!

- Você ainda não tem provas, porém, chega de discussão, vão imediatamente!

- Pode deixar Capitão – obedece o Cabo Reginaldo.

Os dois vão de helicóptero até a região:

- O que você está olhando? – pergunta Anahí

- Você parece uma índia – repara o Capitão

- Claro, olha onde você está já reparou?

- Calma, só quero me aproximar!

Mas do nada, a hélice do helicóptero começa a falhar, o piloto perde o controle e ambos acabamos caindo na mata, horas depois, os Cabos Reginaldo e Anahí acordam no meio da mata, era noite:

- O Piloto está morto – repara ela – como iremos fazer agora?

- Precisamos de um abrigo, e pela manhã daremos um jeito.

Eles encontram uma caverna e fazem uma fogueira, porém só tinha um cobertor:

- Está muito frio, tome – ela oferece.

- Não estou bem, vou ficar vigiando.

Mas ela o cobre e os dois dividem o cobertor, quando iam se beijar, um barulho incomoda ambos:

- Está ouvindo? – pergunta ela

- Sim, vá pra atrás da árvore e não faça barulho – o Cabo Reginaldo vai verificar, mas é pego na armadilha de urso – droga!

Os meliantes ligam a lanterna, era a Alcateia:

- Vocês estão se metendo demais, eu detesto que atrapalhem nosso esquema! – e dá-lhe um soco na barriga de Reginaldo.

Anahí se desespera por não poder ajudar seu amigo, até que um grupo de tigres a aparece e ficam olhando pra ela, porém ela também fica com medo deles:

- Por que não atacam eles ao invés de mim? – e sem esperar os tigres realmente atacam os mercenários – nossa, eles me obedeceram?

- Eu não sabia que você conhecia tanto os animais – diz Reginaldo

- Nem eu – e propõe – não posso deixar esses desgraçados continuarem a fazer isso.

- Pela manhã nós seguiremos.

Parte II –

A Guardiã da Floresta

Pela manhã, Reginaldo acorda febril e pede a Anahí:

- Pegue o meu rádio peça ajuda, depois com reforço pegaremos esses caras.

Ela pega o rádio mas estava quebrado:

- Não se preocupe, eu já volto – e os tigres começam a proteger Reginaldo – não saiam de perto dele até que eu volte.

Ela tenta voltar pra cidade seguindo o curso do Rio Negro, mas no caminho os mercenários estavam levando vários animais em gaiolas, ela fica revoltada, vai sorrateiramente até a picape, pega o machado e dá coronhada nos criminosos, depois liberta os animais:

- Me levem até o esconderijo deles – e os animais começam a guia-la rumo ao acampamento da Alcateia, ela aproveita e pega uma pistola e uma submetralhadora dos mercenários que ela derrubou – finalmente vou provar pro Capitão que estou falando a verdade.

Chegando ao Acampamento da Alcateia de Lobos, ela avista vários índios presos, com as mãos amarradas e suas lanças deixadas de lado, então ela despreza as armas e pega uma das lanças, pinta o rosto e toma uma decisão: - Se eles odeiam os índios, vou detê-los no estilo dos meus ancestrais – ela tira fotos do acampamento, desamarra os índios e derruba os mercenários um a um, mas é detectada pelo líder deles, apelidado o  Lobo Péssimo, pois antes de matar ele tortura – vai me matar?

- Vou sim, mas antes de te matar, não posso deixar uma belezinha dessa morrer sem tirar uma casquinha – porém, quando ele ia estupra-la, um gorila começa a espanca-lo, a mesma amarra o meliante – quem é você?

- Não te interessa o meu nome, mas eu vim Proteger as pessoas desse lugar de gente como você, então eu sou uma Guardiã, a Guardiã Indígena! – por um milagre o radio começa a funcionar, então ela chama ajuda – Capitão, a alguns metros daqui o Cabo Reginaldo precisa de ajuda, e não só isso, mas acho que achei os responsáveis pela caça predatória e a morte dos índios.

O Exercito chegou a região, levou todos os meliantes para a prisão onde foram condenados por décadas de assassinatos e outras ilegalidades, o Cabo Reginaldo foi levado para o Hospital, mas a Guardiã Indígena continuava protegendo a floresta e seus habitantes salvando-os de inimigos humanos e naturais, logo Anahí continuava sua missão sem perder a sua fé.

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